quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

NA EDUCAÇÃO: FINLÂNDIA x BRASIL


SOBRE INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO

Nesse mundo globalizado, quem não investe em Educação estará mais vulnerável.
O Brasil, todos sabemos, é um país de analfabetos e semianalfabetos.
Um diploma de segundo grau, quase sempre, não passa de um pedaço de papel. O IDEB e testes internacionais estão aí para comprovar a quem duvida dessa verdade. Depois do primeiro impacto inicial, o bolsa família passa à fase da saturação no que diz respeito à ampliação do mercado interno.
Segundo estatísticas, as classes D e E representam cerca de 75 milhões de habitantes, aproximadamente 40% da nossa população. O poder aquisitivo desses nossos conterrâneos está em torno de, mirrados, 10%. O que podemos esperar dentro desse quadro de calamidade?
Um investimento de pelo menos 15% do PIB na educação, em nossas condições concretas, daria um impulso, em curto prazo, no nosso mercado interno, desde que haja uma mobilização nacional. Boa parte das nossas reservas poderia ser usada, inicialmente, para a construção de escolas, em tempo integral, tipo CIEPS, porém mais amplas, com áreas dedicadas à cultura e ao esporte. Tudo isso nas cidades e no campo.
Reservando aos pequenos agricultores o fornecimento da alimentação dessas escolas, haveria um crescimento do mercado interno oriundo da renda desses agricultores, além de mantê-los em suas terras. Não se faz necessário deduzir que haveria um crescimento, também, na construção civil. Por favor, esse é o trem bala que o Brasil necessita.
Sugiro que se aplique cerca de 40% das reservas na construção de grandes centros educacionais e na preparação urgente de professores, tudo federalizado.

NOTAS:
1. O PIB PER CÁPITA da Finlândia é de aproximadamente US$ 55.000,00.
2. O do Brasil está em torno de US$ 12.000,00.
3. A Finlândia investe cerca de 6% na educação, o que dá US$ 3.300,00.
4. O Brasil dedica por volta de 5%, num total de US$ 600,00.
5. A Finlândia, portanto, investe 5.5 vezes mais que o Brasil, na área.
6. Se passarmos a investir 15% do PIB, dá para ver que não é um exagero, como alguns afirmam. Neste caso, a Finlândia continua investindo 80% mais que o Brasil.

Devemos considerar, ainda:
Que a nossa população em fase escolar, percentualmente, é maior que a da Finlândia.
Que a Finlândia investiu na educação para chegar a esse patamar de bem estar.
Que não se deve esperar melhores dias para assim proceder, pois esses dias podem não chegar ou tornar-se muito tarde, prolongando essa injustiça social e mantendo a nossa fragilidade na segurança.